“Mas o Senhor disse a Ananias: “Vá! Este homem é meu instrumento escolhido para levar o meu nome perante os gentios e seus reis, e perante o povo de Israel.”
At 9:15
A escolha soberana de Deus é um tema central na teologia cristã. Essa doutrina afirma que Deus escolhe quem Ele deseja salvar, não baseado na capacitação ou méritos humanos, mas sim em Sua própria vontade e soberania. O livro de Juízes, capítulo 7, nos oferece um exemplo vívido dessa verdade.
No capítulo 7 de Juízes, Deus escolhe Gideão para liderar o exército de Israel contra os midianitas. Mas, em vez de permitir que todos os homens se unissem a Gideão, Deus ordena que ele envie para casa qualquer um que esteja com medo. No final, apenas 300 homens permanecem com Gideão para lutar contra um exército que era como “gafanhotos em multidão” (Juízes 7:12).
A escolha de Deus de usar apenas 300 homens para vencer uma batalha contra um exército muito maior não foi baseada na capacitação ou méritos desses homens. Deus escolheu aqueles que Ele quis escolher e usou-os para cumprir Sua vontade. Deus poderia ter usado um exército maior, mas escolheu usar apenas alguns para que Sua glória pudesse ser claramente vista na vitória.
Essa história ilustra a verdade bíblica de que a escolha de Deus é baseada exclusivamente em Sua soberania. Deus é onisciente, onipresente e onipotente, e Ele conhece os corações de todos os homens. Embora Deus possa usar as virtudes e capacitações dos homens para cumprir Sua vontade, Sua escolha não é baseada nisso. Deus escolhe quem Ele deseja escolher, e Sua escolha é sempre perfeita e sábia.
A soberania de Deus é uma doutrina difícil de entender e pode ser difícil para algumas pessoas aceitarem. No entanto, é uma verdade bíblica clara que é encontrada em muitos lugares da Escritura, incluindo Juízes 7. A escolha de Deus é sempre perfeita e sábia, e podemos confiar nEle, sabendo que Ele tem o controle total sobre todas as coisas.
A escolha soberana de Deus é também explicada em Romanos 8. Neste capítulo, o apóstolo Paulo escreve sobre a obra redentora de Deus em nossas vidas, começando com a verdade de que “não há condenação para aqueles que estão em Cristo Jesus” (Romanos 8:1). Paulo continua explicando como Deus, por meio do Espírito Santo, nos ajuda a viver uma vida justa e santa diante dEle.
No verso 29, Paulo escreve: “Porque aqueles que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos.” Aqui, Paulo fala da escolha soberana de Deus em predestinar aqueles que Ele “conheceu de antemão” para serem conformes à imagem de Seu Filho, Jesus Cristo. Mais uma vez essa escolha não é baseada nas capacitações ou méritos dos indivíduos, mas sim no plano e propósito de Deus em trazer muitos filhos à glória.
Além disso, no verso 30, Paulo escreve: “E aos que predestinou, também chamou; aos que chamou, também justificou; aos que justificou, também glorificou.” Aqui, Paulo explica que a escolha de Deus em predestinar é seguida por Sua chamada, justificação e glorificação. Repetindo então, essa escolha soberana de Deus não é baseada na capacitação ou méritos humanos, mas sim em Sua vontade e soberania.
Em resumo, a doutrina da escolha soberana de Deus é uma verdade bíblica clara, encontrada em muitos lugares da Escritura, incluindo Juízes 7 e Romanos 8. Essa doutrina afirma que Deus escolhe quem Ele deseja salvar, não baseado na capacitação ou méritos humanos, mas sim em Sua própria vontade e soberania. Podemos confiar em Deus e em Sua escolha, sabendo que Ele é perfeitamente sábio e que tem o controle total sobre todas as coisas.