Administração dos dons

Lições da Parábola das Dez Minas, Lucas 19:11-27

Pois eu vos digo que a qualquer que tiver ser-lhe-á dado, mas ao que não tiver, até o que tem lhe será tirado.” Lc. 11:26

A Parábola das Dez Minas, registrada em Lucas 19:11-27, apresenta lições profundas sobre responsabilidade e administração com fidelidade dos dons que recebemos de Deus. Embora compartilhe semelhanças com outra narrativa nos evangelhos, (Mateus 25:14-30), esta parábola traz nuances únicas que a diferenciam. Jesus, ao utilizar essa história, provavelmente o fez em contextos diversos, adaptando-a às necessidades de seus ouvintes. 

A incumbência

A história começa com um nobre que parte para uma terra distante, com o objetivo de receber um reino. Antes de partir, confia dez minas a seus servos, com a expectativa de que as façam render enquanto ele estiver ausente, estes servos não são escravos, porque possuem autoridade para negociar. Essa parte da parábola nos lembra da responsabilidade que temos como servos de Deus, de usar os dons e talentos que Ele nos deu para glorificá-Lo.

A atitude dos servos

Dois dos servos investem nas minas e obtêm lucro significativo, demonstrando fidelidade e diligência na administração dos recursos recebidos. No entanto, um terceiro servo decide esconder sua mina por medo do mestre, o que faz com que negligencie a sua missão. Sua atitude revela também uma compreensão distorcida do caráter do senhor que lhe deu a missão.

A prestação de contas

No contexto histórico dessa narrativa, somos transportados para a época em que vassalos viajavam para receber reinos, uma prática comum naqueles tempos. Essa imagem ressoa conosco como homens que também estamos em uma jornada de fé e serviço ao Senhor. Assim como os vassalos aguardavam a volta do seu senhor para prestar contas, nós também aguardamos a volta de Cristo, quando seremos chamados a dar conta de como utilizamos os recursos que Ele nos confiou

E a recompensa

A volta do senhor e a prestação de contas destacam a importância da fidelidade na administração dos dons recebidos. Aqueles que demonstraram comprometimento são recompensados, enquanto o servo negligente tem sua mina retirada e dada a outro. 

Como administramos os dons e recursos que Deus nos confiou para o Seu Reino?

Essa parábola nos lembra que, na vida cristã, somos chamados a agir com responsabilidade e diligência, utilizando nossos dons para o serviço do Reino de Deus e que Deus nos confiou dons e habilidades únicas, e espera que os usemos para o Seu Reino e a sua Glória. Não devemos temer assumir riscos ou enfrentar desafios ao investir nossos recursos espirituais, pois Ele nos capacita e nos guia em nosso serviço. Além disso, a parábola destaca a importância da prestação de contas. Assim como os servos foram chamados a prestar contas de sua administração das minas, também seremos chamados a prestar contas diante de Deus pelo uso que fizemos dos dons e talentos, com certeza o nosso Senhor há de voltar.

Que possamos ser homens e mulheres que, ao final de nossas vidas, ouçam as palavras do nosso Senhor: “Muito bem, servo bom e fiel! Sobre o pouco foste fiel, sobre muito te colocarei; entra no gozo do teu Senhor” (Mateus 25:21).